Luto pelo Trotsky

Tragédia no Haiti, mais de 200 mil mortos, e os sobreviventes em situação deplorável, lutando por comida e água, e eu aqui inconsolável pela morte do meu pastor belga, o Trotsky. Estava com problemas renais, tava recebendo soro, sendo atendido e teve uma parada respiratória a qual não resistiu... Tudo muito rápido, menos de 2 horas tudo aconteceu! Com o antigo cachorro, o Apolo, também foi assim, rápido. Ontem pensei que ia enlouquecer. Chorei alto, compulsivamente. Falava sozinha "não, não, não"; "não vou ver mais meu cachorro"; "Talita vai ficar sozinha"; "Trotsky, eu não cuidei bem de você"; "queria que você ficasse mais um tempo comigo". Estou no hotel em Rio das Ostras e a gerente veio perguntar se eu estava me sentindo bem. Mandou trazer suco de maracujá para mim. Eu estava muito feliz, brincando com a Lara, filha da Natalia, de 3 aninhos e o Marlon, de 7 anos, filho do meu primo Augusto e da Neide. Fizemos hidroginástica, brincamos de atirar bolinhas uns nos outros dentro dágua. Um grupo tão bacana! Nem tava me importando pro fato de estar sem namorado, estava realmente plena! Estava feliz com meu sucesso no emagrecimento, desde que cheguei ao RJ emagreci bastante (mas ainda não me pesei), desencanei de comida. Comprei um short jeans 48 que fechava apertado e agora ele entra e sai sem precisar desabotoar! Ainda quando falei com Thiago e ele estava com Trotsky no consultorio recebendo soro e estava bem, fiquei tranquila e disse "meu cachorro não vai morrer não, né?!" Minutos depois um tsunami revira minha cabeça. Tudo mudou. Pensei que ia enlouquecer. Tomei, pela primeira vez, 20 gotas de calmante rivotril e ainda assim demorei a acalmar. Tive dor de cabeça, ânsia de vômito, coisa que há muitos anos, posso dizer décadas, não sentia... Ainda estou muito triste e chorando como manteiga derretida, não consigo parar. Minha cabeça está começando a pesar. Tomei mais 5 gotas de rivotril. Deus, me ajude, por favor!!!